Hoje acordei com aquela saudade gostosa das Minas Gerais, com o cheirinho de terra molha no nariz, o barulho da Maria Fumaça avisando que já vai partir.
Hoje acordei com uma saudade imensa do cheiro de café coado, de bolo de milho, eh trem bão é ser mineiro sô! que nunca perde o trem, que ama a terra, que ama os seus, saudade de ouvir a viloa a tocar versos simples mas cheios de história, cheios de razão.
Como minha terra não há outra igual, lá as cores são mais fortes, as flores mais cheirosas, na minha terra tem pequi, fruto do cerrado que alimenta o povo, dando sustância para mais um ano de seca. A terra é vermelha, o Gado é bravo, o tropeiro é surrado.
Nas festas de minha terra o passado se torna presente, o Divino passeia entre os seus, o cortejo é belo, a corte se veste de vermelho, para homenagear aquele que é Rei.
Oh saudade do fogão de lenha cozinhando o frango caipira com pirão, saudade do mato seco pelos caminhos, dos besouros chatos que insistem em acertar na distração de um segundo, da avó sentada na porta da cozinha rosário na mão e a família no coração.
O luar, as estrelas, o céu mais lindo é o céu das Minas Gerais, lá nasci menina me fiz mulher, lá andei descalço na terra, pulei corda, cantei cantigas, escutei causos, mula sem cabeça, saci pererê, caipora, boi bumba.
Fiz amigos, escrevi minha história, aprendi que não há nada melhor que o lugar onde nasci, lá estão minhas raízes...
Como na musica “Oh! Minas Gerais... quem te conhece não esquece jamais!", hoje me encontro aqui, fechando os olhos para sentir a minha terra que pulsa em meu sangue.
Desculpem o desabafo que hoje apresento, em forma de palavras, este é o sentimento que não mata, que só faz crescer o amor e a admiração por aquele lugar que para si lugar nenhum do mundo será mais belo, será mais cheiroso, será seu lar, este sentimento é a SAUDADE que bate dentro de meu peito. Amo minha terra, minha historia, amoces!!!
Inara
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